Os gaúchos carreteiros deixavam suas famílias e com a querência na mochila do carreteiro contendo, charque (carne seca) e arroz, eles rasgavam distâncias com suas carroças de boi, passando por estâncias e matas fechadas, abrindo-as com facões, machados e foices e nas horas de descanso era feito o almoço ou jantar o arroz carreteiro.
Charque
Aqui, a carne de boi ofereceu a textura ideal para salgar e desidratar. Gado sempre existiu em abundância nas paragens do Sul, bem como o instinto de praticidade semelhante ao do povo inca, que, ao conservar as carnes em sal, garantia alimento o ano inteiro. De estância em estância e através dos Pampas, o charque foi, então, se tornando imprescindível na culinária gaúcha. Um prato de sustento sem igual para os homens que lidavam no campo.
O preparo do charque gaúcho é semelhante ao da carne seca nordestina. O diferencial está na maior quantidade de sal e de exposição ao sol ao qual o charque é submetido, o que lhe garante maior durabilidade, três a quatro meses em temperatura ambiente, com acentuado sabor e odor característicos. São utilizados, geralmente, cortes da ponta de agulha e, em menor proporção, do dianteiro bovino.
Alunas: Deise, Catharine e Letícia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário